Igreja ou terreiro? Espaço dedicado à Pomba-Gira em Porto Alegre divide opiniões

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Uma nova instituição religiosa em Porto Alegre (RS), chamada de Igreja da Pomba‑Gira, tem gerado intenso debate entre evangélicos. O fundador, conhecido como “Bruxo Malagueta” (Wilian Brito), investiu mais de R$ 500 mil no projeto, incluindo uma estátua de nove metros da entidade Pomba‑Gira na entrada do terreno.

Origem e proposta da instituição

Segundo o idealizador, o uso do termo “igreja” é proposital: visa afastar o preconceito de que religiões afro‑brasileiras seriam “culto ao diabo” e atrair mulheres vítimas de violência para um ambiente de acolhimento.

No local há altares, capelas e imagens representando entidades como Maria Padilha, além de voluntários, advogados, psicólogos e futuras palestras voltadas ao público feminino.

Destaques da estrutura

  • Estátua monumental de Pomba‑Gira com cerca de 9 m na entrada 
  • Investimento total estimado em mais de R$ 500 mil, com recursos destinados ao terreno e infraestrutura
  • Mensalidade dos fiéis para manter o funcionamento e serviços oferecidos 
  • Presença de outra unidade em Canoas (RS), sendo reinaugurada após enchentes em 2024.

Reações e críticas entre evangélicos

Nas redes sociais, líderes e fiéis evangélicos reagiram com indignação. Comentários como “Igreja só existe a que Jesus nos deixou” reforçam a visão de que houve apropriação indevida da terminologia cristã.

Outros internautas afirmaram que estamos vivendo os “últimos dias” e que essa construção espiritual denota batalha espiritual entre o bem e o mal.

Objetivos declarados pelo fundador

Wilian Brito – Bruxo Malagueta – declara que a iniciativa foi motivada por “ordem dos espíritos” e visa dar acolhimento espiritual e físico a mulheres em risco.

A instituição, que se declara aberta a todos, só impõe uma regra inegociável: machismo não entra no espaço.

Contexto religioso e expansão

Porto Alegre é cidade com cerca de 65 mil terreiros, sendo referência nas religiões de matriz africana. O surgimento dessa “igreja” reforça a visibilidade institucionalizada dessas práticas.

O projeto prevê expansão para outras cidades, com novas unidades sob o modelo da “Casa da Pomba Gira”.

Análise à luz da fé cristã evangélica

Para cristãos evangélicos, pode parecer incoerente chamar de “igreja” um espaço que se vincula a práticas como invocação de Pomba‑Gira, entes associados ao ocultismo. A Escritura deixa claro que apenas a igreja de Cristo é legítima e santa.

Além disso, o uso de estatutos sagrados ou palavras como “igreja”, “altar” e “oração” por instituições que flertam com o ocultismo é motivo de preocupação doutrinária e espiritual.

Essa iniciativa toca diretamente no coração dos evangélicos por envolver uso de símbolos cristãos fora da fé bíblica. É importante refletir: o que Cristo nos ensinou sobre igreja, salvação e amor ao próximo é totalmente distinto dessa proposta de sincretismo e ocultismo.

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Joelson Carlos
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