Quase Metade dos Cristãos nos EUA Não Frequentou a Igreja nos Últimos Seis Meses, Revela Estudo
Recentemente, o American Bible Society divulgou dados impactantes: quase metade dos cristãos nos Estados Unidos (45 %) **não frequentou a igreja nos últimos seis meses**, apesar de 64 % dos adultos se identificarem como cristãos. Esse número acende um sinal de alerta — tanto para líderes quanto para fiéis — em meio a desafios de isolamento espiritual, pós-pandemia e redefinição do papel da igreja na vida contemporânea.
O que revela o estudo “State of the Bible 2025”
Segundo o relatório — recentemente liberado no quinto capítulo da série “State of the Bible 2025” —:
- Dos adultos americanos, 64 % se declaram cristãos
- Entre eles, apenas 55 % frequentaram a igreja nos últimos seis meses
- Ou seja, 45 % não estiveram presentes nem uma vez nesse período
Além disso, o estudo ressalta que o **nível elevado de engajamento com a igreja** está fortemente associado ao **bem-estar e realização humana**. Quem participa ativamente apresenta mais sensações de propósito, cuidado pastoral e crescimento espiritual.
Por que tantos cristãos estão ausentes?
Embora ainda falte um diagnóstico completo, levantamos algumas possíveis razões à luz dos dados atuais e pesquisas recentes:
- Individualismo e avanços digitais: o culto online e a experiência espiritual privada podem reduzir a motivação para o encontro presencial.
- Desilusão com a igreja institucional: um relatório anterior mostrou que muitos frequentadores ressentem-se de julgamentos e falta de acolhimento.
- Secularização e identificação sem prática: estudos como o do Pew mostram que, apesar de estáveis, os índices de cristãos e oração têm caído entre jovens; e a influência política muitas vezes desgasta a credibilidade religiosa.
O que o Pew Research revela sobre religiosidade nos EUA
Pesquisas do Pew Research Center complementam esse cenário:
- Nos últimos anos, o percentual de adultos cristãos nos EUA tem se mantido entre 60 % e 64 %.
- Práticas como oração diária (44 %) e frequência a cultos mensais (33 %) mostram estabilidade, mas abaixo dos níveis anteriores à pandemia.
- Os jovens adultos (18 a 24 anos) têm desempenho inferior: apenas 25 % frequentam cultos com regularidade, enquanto uma proporção grande se declara sem religião.
O que está em jogo — e o que podemos fazer?
Esse cenário apresenta um desafio e uma oportunidade para a igreja evangélica:
- Redescobrir a comunidade como prioridade: estar presente no templo, nos pequenos grupos ou em ações locais alimenta fé, apoio mútuo e missão.
- Despertar um senso de pertencimento: 34 % dos ausentes ainda valorizam a “comunidade e pertencimento” da igreja; 38 % sentem falta de propósito que só encontram ali.
- Fomentar o discipulado com relevância: oferecer ensino bíblico aplicável, cuidado pastoral e oportunidades de servir podem reconectar os distantes.
Por que evangelizar está no centro de tudo isso
Para o público evangélico, esse dado pode despertar cada um ao compromisso espiritual: não apenas manter a fé no coração, mas vivê-la em comunidade, como Cristo nos ensinou. A igreja não é prédio, mas corpo — e cada membro é essencial na missão de levar vida, amor e esperança.
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“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, antes admoestemo-nos uns aos outros…” (Hebreus 10:25)