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RoboFalcon 2.0: o robô que aprende a voar com as asas de um pássaro

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Uma equipe de engenheiros chineses, da Universidade Politécnica do Noroeste (Northwestern Polytechnical University), desenvolveu o protótipo RoboFalcon 2.0, um robô capaz de decolar autonomamente como pássaros e morcegos, imitando um dos movimentos mais complexos da natureza: o bater de asas, varrer e dobrar — o chamado movimento FSF (flap-sweep-fold). 

O que é o RoboFalcon 2.0 e como funciona

Segundo a publicação no periódico Science Advances, o RoboFalcon 2.0 replica os movimentos que animais alados reais fazem durante voo lento — decolagem, pouso e pairar — não apenas bater asas pra cima e pra baixo, mas também incorporar a varredura (movimento lateral ou angular de asas) e a dobra, que ajudam a controlar a sustentação e reduzir resistência aerodinâmica.

O movimento descendente das asas gera sustentação. O movimento ascendente fica aerodinamicamente inativo, reduzindo arrasto, melhorando eficiência em baixas velocidades. Esse ciclo completo (bater, varrer, dobrar) acontece em cada batida de asa.

Diferenciais e limitações do protótipo

Entre os pontos fortes, destacam-se:

  • Capacidade de decolagem autônoma, ou seja, sem uso de catapultas ou lançamento externo. 
  • Movimento FSF completo, imitando aves e morcegos em voo lento, especialmente importante para manobras como pairar ou decolagens curtas. 
  • Testes em túnel de vento e condições reais demonstraram funcionamento do mecanismo. 

Por outro lado, há desafios — ainda que esperados em protótipos iniciais:

  • Estabilidade em velocidade mais alta: o robô não possui ainda elevador de cauda, o que dificulta o controle em voos mais rápidos.
  • Eficiência energética ainda menor do que a de aves naturais, especialmente no momento da decolagem.
  • Peso, autonomia e resistência a interrupções (vento, clima, desgaste) são variáveis que ainda precisam de aprimoramento. (implícito nos estudos)

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