STF derruba leis contra ideologia de gênero nas escolas: o que isso significa para as famílias cristãs?
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Foto: Luiz Silveira/STF |
Na última quarta-feira, 15 de outubro de 2025, o STF julgou duas ações que questionavam leis municipais de Tubarão (SC), Petrolina (PE) e Garanhuns (PE). Essas leis proibiam a abordagem de temas como “gênero” e “orientação sexual” nos currículos escolares, materiais didáticos e até nas bibliotecas das escolas públicas.
Segundo os ministros, tais proibições violam a competência exclusiva da União para legislar sobre diretrizes da educação, além de promoverem conteúdo considerado discriminatório. O julgamento foi realizado em conjunto das ADPFs 466 e 522, propostas pela Procuradoria-Geral da República e pelo PSOL, respectivamente.
O que está em jogo: educação ou doutrinação?
Para muitos pais cristãos, a decisão do STF levanta preocupações legítimas. A inclusão de temas sobre identidade de gênero nas escolas pode ser vista como uma forma de doutrinação ideológica, que contraria os valores ensinados em casa e nas igrejas.
O ministro Alexandre de Moraes, durante o julgamento, comparou as leis municipais à “Inquisição”, afirmando que “preservar a infância não significa esconder a realidade”. Para ele, o combate à discriminação deve começar na escola.
Por outro lado, líderes evangélicos e juristas conservadores argumentam que a educação deve respeitar a liberdade religiosa e o direito dos pais de escolherem os valores transmitidos aos seus filhos. A decisão do STF, nesse sentido, pode ser interpretada como uma interferência indevida na autonomia das famílias e dos municípios.
O papel da igreja diante das mudanças
Diante desse cenário, é essencial que a igreja se posicione com sabedoria e firmeza. Mais do que reagir com indignação, é preciso informar, evangelizar e fortalecer os princípios bíblicos na formação das crianças e adolescentes.
Pastores, líderes de ministério infantil e pais devem estar atentos ao conteúdo ensinado nas escolas e buscar o diálogo com educadores e gestores públicos. A participação ativa nas associações de pais e mestres e nos conselhos escolares pode ser uma ferramenta eficaz para garantir que os valores cristãos sejam respeitados.
Como proteger os filhos sem promover intolerância
É possível defender os princípios da fé sem cair em discursos de ódio ou exclusão. A Bíblia nos ensina a amar o próximo, mas também a não se conformar com os padrões deste mundo (Romanos 12:2). Isso significa que podemos discordar de certas ideologias sem desrespeitar as pessoas que as defendem.
O diálogo respeitoso, a oração constante e o ensino da Palavra em casa são armas poderosas para preparar nossos filhos para enfrentar os desafios da sociedade atual. Blindar o coração das crianças com a verdade do Evangelho é mais eficaz do que tentar controlar todos os ambientes externos.
Decisão judicial e liberdade de expressão
Outro ponto importante é o impacto da decisão sobre a liberdade de expressão dos professores e gestores escolares. Ao invalidar as leis municipais, o STF reforça que o debate sobre gênero deve estar presente nas escolas, o que pode gerar conflitos com profissionais que possuem convicções religiosas.
É fundamental que os educadores cristãos conheçam seus direitos e saibam como se posicionar de forma ética e legal. A liberdade de consciência e de crença é garantida pela Constituição, e nenhum profissional pode ser obrigado a ensinar algo que contrarie seus valores pessoais.
O que podemos fazer como cristãos?
- Orar pelas autoridades e pelo sistema educacional, pedindo sabedoria e discernimento.
- Ensinar a Bíblia em casa, com constância e amor, preparando os filhos para discernir o certo e o errado.
- Participar ativamente da vida escolar dos filhos, conhecendo os conteúdos e os professores.
- Dialogar com respeito, buscando construir pontes e não muros.
- Mobilizar a comunidade cristã para ações educativas e de conscientização.
Firmeza na fé e sabedoria na ação
A decisão do STF é um marco jurídico que afeta diretamente a educação dos nossos filhos. Como cristãos, não podemos nos calar diante de mudanças que impactam os valores da família. Mas também não devemos agir com intolerância ou medo.
É tempo de fortalecer a fé, buscar conhecimento e agir com sabedoria. A igreja tem um papel fundamental na formação das novas gerações, e cada família é chamada a ser luz em meio às trevas.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” – Provérbios 22:6
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