Mais de 700 cristãos aguardam pena de morte no Paquistão por acusações de blasfêmia
No Paquistão, uma sombra que paira sobre a minoria cristã — composta por milhões de pessoas — está se tornando cada vez mais sombria. Segundo relatos cristãos solidários, mais de 700 cristãos estão atualmente encarcerados sob acusações de blasfêmia, enfrentando a ameaça da pena de morte por leis severas e muitas vezes manipuladas.
Leis rígidas, efeito devastador
As leis de blasfêmia do Paquistão, codificadas no Código Penal, preveem penas que vão desde multas até a execução. Embora nenhum condenado tenha sido executado até hoje, essas leis têm sido amplamente denunciadas por sua aplicação injusta contra minorias religiosas, transformando disputas pessoais ou mal-entendidos em acusações mortais.
Um dos casos emblemáticos é o de Shagufta Kausar, que passou mais de sete anos no corredor da morte acusada injustamente de enviar mensagens de texto blasfemas — apesar de ser analfabeta e não possuir um celular. Seu testemunho destaca que a fé em Jesus foi seu sustento durante esse tempo de angústia:
"A única coisa que me alimentava e se tornou minha fonte de serenidade foi a minha fé em Jesus Cristo."
O contexto: perseguição sistemática
Organizações como a Release International alertam que a implementação das leis de blasfêmia pode levar a execuções rápidas sem direito a apelação, sobretudo porque a corte Sharia tem buscado alinhar o código às práticas islâmicas mais rigorosas.
Além disso, há um abismo entre a justiça aplicada contra cristãos e os responsáveis por ataques contra eles — como no caso de Jaranwala, em que homens encapuzados destruíram dezenas de igrejas e casas cristãs, mas poucos foram responsabilizados ou enviados a julgamento.
Impacto nas famílias e comunidades
Para os cristãos que acompanham essas notícias, a realidade é alarmante e dolorosa. Não é apenas uma estatística: são famílias despedaçadas, vidas prejudicadas por medo, e uma comunidade que vive diariamente com a dúvida e insegurança sobre o amanhã.
Sentimentos de impotência, angústia — e, ao mesmo tempo, esperança em Deus — marcam cada testemunho. A fé, mesmo em meio a perseguição, transforma corações, fortalece resistências e mostra que não estamos sozinhos.
Como irmãos na fé, somos chamados a orar, clamar e agir por aqueles que sofrem injustamente. O silêncio não deveria ser uma opção. Podemos fazer a diferença por meio de :
- Oração fervorosa pelas vítimas e suas famílias.
- Compartilhamento de informações verídicas e atuais nas redes e em igrejas.
- Apoio às organizações que lutam por liberdade religiosa e justiça.
Nestes tempos sombrios em que multidões enfrentam acusações e condenações, nos lembramos das palavras de Jesus em Mateus 5:10–12:
"Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. [...] Alegrem-se e exultem..."
Que possamos encontrar consolo e coragem nessas promessas, sabendo que nosso Deus vê, julga e conforta.
Se esta realidade tocou seu coração, compartilhe este artigo — juntos podemos amplificar as vozes dos que sofrem e plantar esperança. Agora, conte nos comentários: como a fé tem fortalecido você em tempos de injustiça?