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Educação ou doutrinação? A realidade nas escolas iranianas
No Irã, o sistema educacional é profundamente influenciado pela religião oficial do país: o islamismo xiita. Crianças cristãs, mesmo em idade pré-escolar, são obrigadas a participar de aulas de religião islâmica, aprender árabe e recitar as orações conhecidas como Namaz. Até mesmo disciplinas como matemática e artes são permeadas por conteúdo religioso.
Segundo Lana Silk, representante da missão Transform Iran, “todo material tem um toque islâmico. Mesmo que você esteja estudando matemática ou artes”. A pressão para que essas crianças se comportem como muçulmanas é constante, criando uma vida dupla emocionalmente desgastante.
Histórias bíblicas distorcidas e a tentativa de apagar a fé cristã
Além das orações, os alunos são expostos a versões modificadas das Escrituras, adaptadas para refletir a visão islâmica. Crianças precisam aprender essas versões e fingir que são verdadeiras, enquanto em casa seus pais tentam ensinar o Evangelho em segredo.
Essa contradição entre o lar e a escola gera confusão, ansiedade e até depressão. Muitas crianças lutam para manter sua identidade cristã diante de um ambiente hostil, onde qualquer demonstração de fé pode trazer consequências graves.
O papel dos pais e da Igreja na formação espiritual
Apesar das dificuldades, famílias cristãs no Irã se esforçam para firmar seus filhos na Palavra de Deus. A missão Transform Iran tem desenvolvido materiais infantis e programas de apoio para ajudar os pais nessa tarefa.
“Criamos recursos especialmente para elas, oferecendo aos pais as ferramentas necessárias para incutir essas bases desde cedo”, explica Lana. Pequenos grupos familiares se reúnem discretamente a cada poucas semanas, conduzidos por professores treinados, para fortalecer a fé das crianças com materiais bíblicos adaptados à idade.
O impacto emocional da perseguição infantil
Viver uma vida dupla desde cedo cobra um preço alto. Crianças cristãs no Irã enfrentam ansiedade, baixa autoestima e medo constante. A missão relata que muitas delas reconhecem a diferença entre o ambiente escolar opressor e o lar cristão, onde experimentam o amor de Deus.
“No clima tóxico do Irã, elas reconhecem que em casa há alegria e paz — algo que falta fora do lar”, afirma Lana. Essa percepção reforça a importância de cultivar a fé desde cedo, mesmo em meio à perseguição.
Como podemos ajudar?
Como cristãos, somos chamados a interceder pelos nossos irmãos perseguidos. Orar pelas crianças do Irã, apoiar missões que atuam na região e divulgar essas histórias são formas de agir.
Além disso, é essencial que igrejas e líderes cristãos invistam em materiais bíblicos infantis, capacitação de pais e apoio emocional para famílias que vivem sob regimes opressores.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” – Provérbios 22:6
Com informações do Mission Network News
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