Massacre em Moçambique: Cristãos decapitados por extremistas islâmicos

Em uma nova onda de violência brutal, mais de 30 cristãos foram decapitados por extremistas ligados ao Estado Islâmico em Moçambique
Cruz no centro de uma igreja em ruínas

Uma tragédia anunciada: o avanço do terror em Cabo Delgado

Nos últimos dias, a província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, voltou a ser palco de uma série de ataques coordenados por militantes do Estado Islâmico da Província de Moçambique (ISMP). Segundo relatos locais e fontes internacionais, mais de 30 cristãos foram mortos por decapitação, em um dos episódios mais sangrentos desde o início da insurgência na região.

Os ataques começaram no final de setembro e se intensificaram nos primeiros dias de outubro. Aldeias como Chiure-Velho, Nacocha, Nacussa, Macomia, Nakioto e Minhanha foram invadidas por homens armados que executaram cristãos, incendiaram igrejas e destruíram mais de 100 casas.

O silêncio das autoridades e o clamor dos sobreviventes

Apesar da gravidade dos ataques, o governo moçambicano ainda não emitiu um comunicado oficial sobre os eventos recentes. Moradores relatam que os extremistas agem com crueldade, indo de casa em casa para identificar cristãos e executar suas vítimas.

Em uma das ações, uma mulher e suas duas filhas foram sequestradas, enquanto um jovem foi morto por se recusar a entregar os pertences do pai. A escalada da violência tem provocado deslocamentos em massa, agravando a crise humanitária na região.

O papel da Igreja e o desafio da evangelização em meio ao terror

Mesmo diante da perseguição, líderes cristãos locais continuam a proclamar o Evangelho e oferecer apoio espiritual às vítimas. Igrejas destruídas estão sendo reconstruídas com ajuda internacional, e missionários permanecem na região, apesar dos riscos.

Segundo fontes da Igreja Católica e evangélica, a fé dos cristãos moçambicanos permanece firme, mesmo diante da ameaça constante de morte. Muitos relatam que preferem morrer professando sua fé do que negar a Cristo.

O Estado Islâmico e sua estratégia de terror religioso

O grupo ISMP, afiliado ao Estado Islâmico, tem como objetivo implantar um califado na região e eliminar qualquer presença cristã. Seus ataques são cuidadosamente planejados e divulgados em canais de propaganda, com imagens de execuções e destruição de templos.

Desde 2017, Moçambique enfrenta uma insurgência crescente, que já deixou milhares de mortos e deslocados. A presença de forças militares do Ruanda tem ajudado a conter parte dos avanços, mas a ameaça permanece latente.

O chamado à oração e à solidariedade

Diante dessa realidade, é urgente que a comunidade cristã global se mobilize em oração e ação. Interceder pelos irmãos perseguidos, apoiar organizações missionárias e divulgar os acontecimentos são formas de combater o silêncio que muitas vezes encobre essas tragédias.

Este artigo é um convite à reflexão: até quando permitiremos que cristãos sejam mortos por sua fé sem que o mundo reaja?

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.” – Mateus 5:10


Com informações do The Christian Post